Desvalorização da castanha preocupa cajucultores do estado

A queda de preço da castanha de caju tem deixado os produtores do estado apreensivos. Uns já ameaçam até desistir da atividade.

A cajucultura é hoje uma das principais atividade econômicas do RN. É o produto que lidera o ranking de exportações. O setor está em crise, apesar da boa safra. É que o preço do quilo da castanha para entrega nas
 usinas, segundo os produtores, está bem abaixo do que eles consideram como ideal. 

- O governo garante o preço mínimo de R$ 1,35, a indústria está pagando apenas R$ 1,15 e o preço que nós calculamos diante dos investimentos que a gente faz na cajucultura seria no mínimo R$ 1,50 por quilo de amêndoa - diz Elano Ferreira, produtor. 

Ainda de acordo com os produtores o problema começou a se agravar desde a safra de 2010 e esse ano chegou ao pior momento. a maioria dos produtores tem pequenas e médias propriedades, com menos de 100 hectares. 

As regiões conhecidas como médio e alto oeste produzem, atualmente, cerca de 30 mil toneladas de castanha por ano, metade do que se produz no RN. Cerca de 500 produtores se dizem desestimulados com a atividade por causa da falta de política públicas. 

A cajucultura emprega mais de 3 mil pessoas durante os 4 meses de safra, só nas duas regiões. A safra de desse ano praticamente já encerrou. Por causa dos custos alguns produtores resolveram nem colher parte da castanha, que ainda é possível ser encontrada no chão. 

Por causa do problema os produtores resolveram pedir providências. Em um manifesto eles interditaram a BR-405, na entrada de Severiano Melo, maior produtora das 12 cidades da região.

Castanhas ao longo da BR ou amontoadas e queimadas, além de tratores e caminhões cruzando a pista foram algumas das estratégias usadas durante o protesto. Diante da crise no setor alguns já pensam até em desistir. 

Fonte: In360
Gidel de Morais

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