Após quase três horas, termina interrogatório de Lula em processo da Lava Jato sobre sítio de Atibaia



Após quase três horas, termina interrogatório de Lula em processo da Lava Jato sobre sítio de Atibaia
Ex-presidente foi levado para sede da PF após o fim da audiência. Ele é acusado de corrupção passiva e lavagem de dinheiro; Lula nega acusações. Foto: Reprodução Icém Caraúbas

O interrogatório do ex-presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na sede da Justiça Federal, em Curitiba, terminou por volta das 17h50 desta quarta-feira (14). Ele começou a ser interrogado pela juíza federal substituta Gabriela Hardt por volta das 15h no processo da Lava Jato que investiga reformas feitas no sítio de Atibaia, em São Paulo. Lula é réu na ação penal.

O ex-presidente deixou o local cerca de dez minutos após o fim da audiência e foi levado para a Superintendência da Polícia Federal (PF), onde está preso desde abril para cumprir a pena de 12 anos e 1 mês de prisão pela condenação no caso do triplex em Guarujá (SP). Nesse processo, o ex-presidente foi condenado por corrupção passiva e lavagem de dinheiro.

Esta foi a primeira vez que Lula deixou a Superintendência desde que foi detido.

Interrogatório

Discussão com juíza
No início do interrogatório, Lula e a juíza discutem. "Doutora, eu só queria perguntar para o meu esclarecimento. Eu sou o dono do sítio ou não? Porque eu estou disposto a responder toda e qualquer pergunta. Eu sou dono do sítio ou não?", pergunta o ex-presidente.

“Isso o senhor que tem que responder e eu não estou sendo interrogada nesse momento”, disse a juíza. Lula interrompeu dizendo que tem que responder é quem o acusou. Gabriela Hardt então chamou a atenção de Lula: “Senhor ex-presidente, esse é um interrogatório --e se o senhor começar nesse tom comigo, a gente vai ter problema”.

Antes, a juíza havia esclarecido ao ex-presidente que o processo investigava reformas no sítio, e não a propriedade do local.

O que Lula disse no interrogatório:
Que pensou em comprar o sítio, mas desistiu porque o dono não quis vender;
Disse que queria provar que o sítio não era dele;
O ex-presidente questionou a juíza: 'sou dono do sítio ou não?'
(Veja detalhamento abaixo. Esta reportagem está em atualização)

Quis comprar o sítio
No interrogatório, Lula disse, ao falar sobre o sítio de Atibaia: "Eu na verdade pensei em comprar o sitio para agradar a Marisa em 2016. Eu tive pensando porque se eu quisesse comprar o sitio eu tinha dinheiro para comprar o sitio. Acontece que o Jacob Bittar não pensava em vender o sítio, o Jacob Bittar tinha aquilo como patrimônio".


Questionado pelo Ministério Público Federal sobre uma minuta de escritura de 2012, não concretizada, no qual Lula e Marisa apareciam como potenciais compradores do sítio, o ex-presidente respondeu: "Se foi feita uma minuta, obviamente que, como eu era amigo deles, eles poderiam ter oferecido pra mim, se eu quisesse comprar o sítio eu poderia ter comprado o sítio".

(Esta reportagem está em atualização)

Apoiadores do ex-presidente estão em frente à sede da PF desde o início da manhã. Eles também fizeram manifestações com faixas e cartazes em frente ao prédio da Justiça Federal durante a audiência.

A audiência começou às 14h com o depoimento do pecuarista José Carlos Bumlai, também réu no processo. Bumlai, que responde pelo crime de lavagem de dinheiro, foi interrogado por uma hora.

A juíza Gabriela Hardt, substituta na 13ª Vara da Justiça Federal de Curitiba, assumiu temporariamente a os processos da Lava Jato, antes conduzidos pelos juiz Sérgio Moro.

Moro está de mudança para Brasília a partir de janeiro para assumir o Ministério da Justiça e Segurança Pública.

A seleção do novo juiz é de responsabilidade do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4).

Investigações do processo do sítio

Conforme o Ministério Público Federal (MPF), o ex-presidente recebeu propina do Grupo Schain, de José Carlos Bumlai, OAS a Odebrecht por meio da reforma e decoração no sítio Santa Bárbara, em Atibaia (SP), que frequentava com a família. Outras 12 pessoas são rés neste processo.

Os valores foram repassados ao ex-presidente em reformas realizadas no sítio, de acordo com os procuradores do MPF. Segundo a denúncia, as melhorias no imóvel totalizaram R$ 1,02 milhão. Ex-executivos da Odebrecht afirmaram que o departamento de propina da empresa bancou parte das obras.

Segundo a força-tarefa da Lava Jato, Bumlai teria ajudado no repasse de propina no valor de R$ 150 mil ao ex-presidente.

Lula nega as acusações e afirma não ser o dono do imóvel, que está no nome de sócios de um dos filhos do ex-presidente.

O empresário Fernando Bittar, um dos donos do sítio, responde por lavagem de dinheiro. Interrogado pela Justiça, na segunda-feira (12), Bittar disse que achava que Lula faria o pagamento das obras na propriedade.

O pecuarista José Carlos Bumlai e Lula prestam os últimos depoimentos da ação, que depois vai para a fase final.

Por Adriana Justi, G1 PR




A MELHOR DROGARIA DA CIDADE


DROGARIA WILSON: "UMA FARMÁCIA EM QUE SUA SAÚDE ESTÁ EM PRIMEIRO LUGAR".

Servindo o melhor para você - medicamentos e perfumaria em geral aceitamos cartões de débito e crédito. Organização Dodora Oliveira Tel.: 3337-2264.



Acompanhe nossas novidades também no Facebook. Clique para curtir nossa fan Page


0 Comentários

Postagem Anterior Próxima Postagem