Em Apodi, estudante com autismo escreve livro sobre sua história de vida

Em Apodi, estudante com autismo escreve livro sobre sua história de vida
Jhosaffa narra a sua forma particular de enxergar o mundo — Foto: Arquivo pessoal


Diagnosticado com transtorno do espectro autista (TEA) aos 12 anos de idade, Jhosaffa Oliveira recebeu dos médicos que o atenderam a notícia de que não conseguiria desenvolver a fala, além da capacidade de leitura e escrita. Hoje, aos 14 anos, o adolescente cursa o 8º ano do ensino fundamental na Escola Estadual Sebastião Gomes de Oliveira, localizada no município de Apodi (RN), e acaba de publicar seu primeiro livro: “Me aceite como eu sou”. 

Na obra literária, que traz relatos sobre a história de vida do próprio autor, Jhosaffa narra a sua forma particular de enxergar o mundo, as dificuldades encontradas enquanto criança autista, seus sonhos, gostos, sentimentos. Como um bônus adicional, o livro ainda conta com um epílogo escrito pela mãe do autor, Antônia Oliveira, no qual ela conta a experiência de cuidar de uma criança autista.  

O livro foi publicado neste último mês de setembro durante a Semana da Leitura de Apodi, evento realizado anualmente pela prefeitura do município. Na ocasião foram impressos 205 exemplares. Destes, 150 foram doados para escolas das redes municipal e estadual de Apodi. 

“Me aceite como sou”

Apaixonado por histórias de aventura e literatura de ficção científica, Jhosaffa conta que a ideia de escrever seu próprio livro surgiu depois que participou de um evento de incentivo à cultura, o “Tamboeira em Cordel”, realizado pela escola estadual na qual estuda. Depois da apresentação desse poema, o talento especial do aluno chamou a atenção da mãe, principal incentivadora do filho na elaboração do livro.  

“Eu decidi escrever esse livro porque através dele eu poderia mostrar para muita gente a capacidade que os autistas têm e que podem chegar onde quiserem”, destaca Jhosaffa que, além da literatura, adora estudar na escola a disciplina de inglês.   

A escola por sua vez, desafiou e estimulou o aluno a escreve sobre si mesmo, enquanto pessoa com autismo, sob o apoio e orientação da mãe. “Com essa perspectiva elaborar um livro nós montamos o grupo de organização, correção e edição dos textos, lutamos pelos recursos para a impressão do livro e preparamos todo o momento do lançamento e de divulgação”, afirma o gestor da escola, o professor Francisco de Assis.

Apesar do apoio de terceiros a obra é de integralmente elaborada por Jhosaffa que, por meio do livro “Me aceite como eu sou”, mostra aos leitores como é o mundo a partir da perspectiva de uma criança com autismo e chama atenção para questão da inclusão social. 

“Essa conquista é uma vitória. Esse livro escrito por ele é uma quebra de preconceitos. Eu nunca desisti do meu menino, sempre acreditei que Jhosaffa teria futuro e ele mostra isso por meio do livro que escreveu. Sempre acreditamos nele e víamos que ele tinha potencial e poderia ir além do que os médicos u as pessoas diziam. Dessa forma esse livro pra mim significa muita coisa”, emociona-se a mãe do autor, que acompanhou todo processo de elaboração do livro. 

Inclusão social 

Gestor da escola, Francisco de Assis explica que a unidade de ensino é preparada para oferecer o atendimento específico para criança com autismo, contando com professores específicos para atuar na área da Educação Especial. “Uma dessas professoras, a Ianny Muller, acompanha Jhosaffa durante suas atividades na escola. Além dela temos mais uma professora que trabalha com uma criança com autismo (dos anos iniciais) e uma cuidadora. Apesar disso, a proposta é que toda a escola se envolve na acolhida e no apoio aos nossos alunos. O carinho e a atenção são os elementos mais fortes para o trabalho cotidiano”, aponta o gestor.
Ele ainda destaca que o trabalho desenvolvido por Jhosaffa representa um grande feito para todos que compõem a escola. “Vemos que é importante para a escola, para os alunos, para o município, enfim, consideramos uma grande ação de apoio e incentivo ao aluno, ao qual comprovamos na prática que dentro das limitações de cada um que temos, o apoio incentivo e estímulo é fundamental. Mas o feito maior é para ele e sua família que passam uma mensagem significativa de inclusão e de respeito a cada um, apesar de suas limitações. E que o autista pode sim ser um grande protagonista”, avalia.

Apesar de recente, a publicação de Jhosaffa ganhou destaque na cidade de Apodi e fora dela também, isso porque o autor foi convidado a apresentar sua obra na Semana Universitária, evento realizado pela Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN) e que acontece no mês de novembro. A presença do autor ainda não foi confirmada, mas para família o convite de participação representa um reconhecimento do trabalho do adolescente. 





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