

A sociedade mossoroense decidiu pela absolvição do caraubense Lucas Gradestone Fernandes Rodrigues de Arruda da Silva, de 30 anos, do assassinato da jovem Gleuce Kelly Pimenta Diógenes, às 14 horas do dia 20 de julho de 2013, no bairro Leandro Bezerra, em Caraúbas-RN.
Veja Vídeo
Lucas Arruda está preso na cidade de Girau do Porciano, no Estado de Alagoas-AL, e foi intimado para participar do Tribunal do Júri Popular, em Mossoró, por vídeo conferência. Ele também responde crimes em Alagoas e Sergipe, além de vários outros no RN.
Segundo a denúncia do Ministério Público Estadual, Gleuce Kelly teria sido morta por Fabiano Cavalcante da Silva, que teria confessado o crime na Policia e negado durante a instrução processual na Justiça. Na polícia, ele contou que matou Gleuce a mando de Lucas Arruda.
Fabiano contou à polícia que devia R$ 550 referente a drogas a Lucas Arruda, que prometeu dispensar a dívida, se ele matasse Gleuce Kelly, com quem teria divergências. Só que quando foi interrogado pelo juiz, o promotor e o advogado negou tudo que falou na Polícia.
Ao explicara transferência do julgamento da Comarca de Caraúbas para Mossoró, o promotor Italo Moreira Martins, disse havia rumores de que familiares teria procurado os jurados em Caraúbas e o representante MP teria pedido desaforamento para o caso para Mossoró.
Em Mossoró, o julgamento deveria ter ocorrido no dia 23 de abril de 2024, porém, não foi possível intimar testemunhas, o réu estava foragido e o advogado faltou. Diante deste fato, o julgamento do processo ficou para uma data posterior.
Ocorre que no dia 30 de dezembro de 2024, Fabiano Cavalcante da Silva foi assassinado em Caraúbas. Nesta mesma ocasião também foi morto a tiros no mesmo local Santiel Santiago. Este caso ainda não foi esclarecido pelas autoridades da Polícia Civil.
Tempos depois, Lucas Arruda terminou sendo preso na cidade de Girau do Porciano, no Estado de Alagoas. Com a prisão, o processo foi concluído e promulgado para julgamento neste dia 1º de julho de 2025, em Mossoró, com o réu participando por vídeo conferência.
O julgamento começou por volta das 10 horas. Antes, o juiz presidente do TJP, Vagnos Kelly, da Primeira Vara Criminal de Mossoró, realizou o sorteio dos jurados que vão atuar na segunda reunião do TJP de 2025, que começou neste dia 1º de julho e vai até novembro.
Aberto os trabalhos e formado o Conselho de Sentença, o promotor de Justiça ítalo Moreira Martins e a defensora pública Ticiane Doth Rodrigues Alves Medeiros dispensaram as testemunhas, que estavam no Fórum de Caraúbas, para serem ouvidas por vídeo conferência.
O juiz Vagnos Kelly tentou ouvir o depoimento do réu Lucas Arruda, mas a internet estava muito ruim e, com consentimento do promotor e da defensora pública, também foi dispensado. Teve início, então, os debates entre acusação e defesa.
O promotor de Justiça Italo Moreira Martins, no tempo de 90 minutos, mostrou que o réu é muito perigoso, com vários crimes que a sociedade reprova, como tráfico de drogas, assalto à mão armada, assassinato, inclusive do PM Wildney Silva, em Mossoró, entre outros nos Estado de Sergipe e Alagoas, mas neste caso da morte de Gleuce Kelly, não havia provas.
Enfatizou que o depoimento de Fabiano Cavalcante da Silva, confessando o crime na polícia perdeu força quando ele mudou tudo na Justiça. Para piorar, ele foi assassinado no dia 30 de dezembro de 2024, em Caraúbas, tornando o processo praticamente sem provas.
Diante dos fatos, pediu a absolvição do réu. A defensora pública Ticiane Doth concordou com a explanação do promotor e foi encerrado os debates. O Conselho de Sentença, em sala secreta, decidiu pela absolvição do réu por maioria de votos. Lucas Arruda continua na cadeia por vários outros crimes que responde tanto no Rio Grande do Norte como em Alagoas e Sergipe.
Leia Também

DEIXE SEU COMENTÁRIO AQUI (0)