Julgamento do casal Nardoni, acusados de matar a menina Isabella, deve começar amanhã
Ullisses Campbell
Ullisses Campbell
São Paulo - Uma novela que dura dois anos terá um capítulo final a partir dessa semana. Os protagonistas, Alexandre Nardoni, 31 anos, e sua mulher, Anna Carolina Jatobá, 25, acusados de matar a pequena Isabella, 5, em março de 2008, sentarão no banco dos réus do Fórum de Santana, Zona Norte de São Paulo. O desfecho final para o crime que chocou a opinião pública poderá durar três dias. Está marcado para começar amanhã, mas como todo folhetim, pode haver uma reviravolta nos momentos finais: o pedreiro Gabriel dos Santos Neto, 32 anos, principal testemunha da defesa, não foi localizado. Com isso, o juiz poderá adiar o julgamento.
Alexandre e Anna Carolina negam autoria do assassinato da menina Foto: Grizar Junior/Futura Press |
O Brasil todo está de olho no destino que sete jurados darão ao casal Nardoni. Não à toa. Trata-se de um melodrama típico e recheado de histórias de amor, ciúme, traição e assassinato. Tudo começou em 2001, quando Alexandre conheceu Ana Carolina de Oliveira, hoje com 27 anos. Namoraram dois anos e dessa relação nasceu Isabella Nardoni. Quando Ana Carolina estava grávida, Alexandre conheceu na faculdade outra Anna Carolina, a Jatobá, e engatou um romance paralelo. Quando Isabella nasceu em 2004, Nardoni já estava casado com Anna Carolina.
Mesmo morando com a mãe, Isabella se apegou a figura do pai e, principalmente, aos dois meios irmãos, Pietro e Cauã, à época com 3 e 5 anos, ambos filhos de Anna Carolina. Assim, Isabella passava um fim de semana sim e outro não na casa do pai para brincar com as outras crianças. Segundo um levantamento sobre o perfil psicológico do casal feito pelo Ministério Público, Anna Carolina ficava incomodada com a presença de Isabella dentro de casa. Sentia-se insegura com o laço que ligava o marido à ex-mulher. "Anna Carolina é uma mulher fria e ciumenta. Discutia muito com o Alexandre.
Mesmo morando com a mãe, Isabella se apegou a figura do pai e, principalmente, aos dois meios irmãos, Pietro e Cauã, à época com 3 e 5 anos, ambos filhos de Anna Carolina. Assim, Isabella passava um fim de semana sim e outro não na casa do pai para brincar com as outras crianças. Segundo um levantamento sobre o perfil psicológico do casal feito pelo Ministério Público, Anna Carolina ficava incomodada com a presença de Isabella dentro de casa. Sentia-se insegura com o laço que ligava o marido à ex-mulher. "Anna Carolina é uma mulher fria e ciumenta. Discutia muito com o Alexandre.
Numa dessas brigas, chegou a quebrar um vidro da janela", relata o promotor de acusação, Francisco Cembranelli.
Ainda segundo a acusação, as cenas constantes de violência ficaram cada vez mais frequentes e fortes. Tinham como motivo ciúmes e uma dificuldade financeira enfrentada pelo casal. Tanto Alexandre quanto Anna Carolina não trabalhavam na época do assassinato e a mãe de Isabela ainda exigia um aumento na pensão de R$ 500 que o pai dava mensalmente para ajudar o sustento da família. "O dinheiro é um fator preponderante, mas não decisivo para o crime", diz o promotor.
Segundo a defesa, ao voltar do supermercado na noite do sábado 29 de março, uma briga travada entre Anna Carolina e Alexandre Nardoni dentro do carro, testemunhada por Isabella e Pietro, foi o começo da sequência de cenas trágicas que selaram o fim da vida da menina e conduziram o pai e a madrasta à cadeia. Enciumada, Anna Carolina teria batido em Isabella até que ela desmaiasse. Já em casa, a menina foi esganada e jogada pela janela do sexto andar. "Essas cenas não saem da nossa cabeça. Até hoje ninguém acredita que isso tenha acontecido aqui neste prédio", conta a bancária Regina Sarmento, 42, moradora do edifício London, na Villa Mazzei,em São Paulo , bairro que serviu de cenário para o drama de Isabella.
Como toda história que acaba em cenas emocionantes de tribunal, há duas versões para o crime. O casal de réus jura inocência e disseram em depoimento que jamais fariam mal a Isabella. O advogado dos dois, Roberto Podval, sustenta que uma terceira pessoa entrou no apartamento na noite do crime para assaltar e, num ataque de fúria, teria jogado a menina pela janela.
Por: Ev. Júnior Freitas
Ainda segundo a acusação, as cenas constantes de violência ficaram cada vez mais frequentes e fortes. Tinham como motivo ciúmes e uma dificuldade financeira enfrentada pelo casal. Tanto Alexandre quanto Anna Carolina não trabalhavam na época do assassinato e a mãe de Isabela ainda exigia um aumento na pensão de R$ 500 que o pai dava mensalmente para ajudar o sustento da família. "O dinheiro é um fator preponderante, mas não decisivo para o crime", diz o promotor.
Segundo a defesa, ao voltar do supermercado na noite do sábado 29 de março, uma briga travada entre Anna Carolina e Alexandre Nardoni dentro do carro, testemunhada por Isabella e Pietro, foi o começo da sequência de cenas trágicas que selaram o fim da vida da menina e conduziram o pai e a madrasta à cadeia. Enciumada, Anna Carolina teria batido em Isabella até que ela desmaiasse. Já em casa, a menina foi esganada e jogada pela janela do sexto andar. "Essas cenas não saem da nossa cabeça. Até hoje ninguém acredita que isso tenha acontecido aqui neste prédio", conta a bancária Regina Sarmento, 42, moradora do edifício London, na Villa Mazzei,
Como toda história que acaba em cenas emocionantes de tribunal, há duas versões para o crime. O casal de réus jura inocência e disseram em depoimento que jamais fariam mal a Isabella. O advogado dos dois, Roberto Podval, sustenta que uma terceira pessoa entrou no apartamento na noite do crime para assaltar e, num ataque de fúria, teria jogado a menina pela janela.
Por: Ev. Júnior Freitas
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